
Você já tentou seguir um modelo pronto para se comunicar — um calendário, uma sequência de posts, um template de bio, um jeito de falar?
Provavelmente funcionou por alguns dias. Ou por algumas semanas. Até deixar de fazer sentido.
A promessa de que existe uma fórmula de comunicação eficiente, rápida e infalível é tentadora.
Ela te poupa da dúvida, da tentativa, da escuta. Mas também te rouba a oportunidade de construir algo verdadeiro.
A fórmula de comunicação tem um problema de origem
Ela parte do princípio de que existe um só caminho.
E que esse caminho serve para todo mundo.
Mas comunicação não é receita de bolo.
É relacionamento. É contexto. É escolha.
E uma fórmula que funcionou para um influenciador de fitness pode não funcionar para uma terapeuta de trauma.
Um funil de vendas para um infoprodutor pode ser inútil para um psicólogo com agenda cheia e medo de parecer apelativo.
Comunicação boa é comunicação que encaixa
Não encaixa no algoritmo. Encaixa em você.
Na sua linguagem, no seu tempo, no seu tipo de cliente.
Na sua maneira de trabalhar, de vender, de se mostrar.
Isso não quer dizer que você não pode usar ferramentas ou referências.
Mas elas precisam servir ao seu processo — e não o contrário.
O que funciona no lugar da fórmula
- Escuta. O que você sente que está pronto para dizer agora?
- Clareza. O que as pessoas precisam entender sobre o que você faz?
- Consistência possível. O que você consegue sustentar sem se odiar?
É aqui que mora a força da comunicação real.
Na adaptação consciente.
Na estética com sentido.
Na presença que conversa com quem te procura — e não com a tendência da semana.
Conclusão
Não existe fórmula de comunicação que substitua intenção.
Nem ferramenta que resolva o que você ainda não nomeou.
A sua comunicação não precisa ser perfeita. Mas precisa ser sua.
No próximo texto da trilha, vamos falar sobre estética — e por que beleza também é linguagem.